O uso do hormônio GH na aquicultura ornamental

10/06/2015 15:48

Galera essa semana publiquei um anuncio sobre uso de hormônios de crescimento em peixes ornamentais. Coisa corriqueira entre grandes criadores de várias partes do mundo.
Para minha surpresa, algumas pessoas que deveriam ser esclarecidas sobre o assunto se mostraram radicais e inclusive me atacaram moralmente.
Esse tipo de comportamento preconceituoso explica em parte porque estamos tão atrasados na aquariofilia em relação a europeus e asiáticos por exemplo.
Compramos peixes tratados com esse tipo de produto e achamos show, mas nos recusamos a utilizá-lo por ignorância.

O mito e preconceito muito se desenvolveu pelo uso errado do hormônio GH (Growth Hormone) ou hormônio do crescimento por seres humanos em academias, onde a superdosagem certamente trouxe consequências desastrosas, mas se fizermos uso errado de qualquer coisa teremos consequências negativas como com coca-cola, café e até bala de goma (rsrsrs).

Bom, a ideia aqui não é convencer ninguém a usar nada, pois cada um tem seu livre arbítrio e sim informar que não seriamos irresponsáveis de indicar e vender um produto oficialmente prejudicial. Trabalho com o GH há muito tempo, tanto em pesquisa acadêmica como em minha criação e até hoje nunca notei alterações nos animais como infertilidade, má formação óssea ou mortalidade.

É isso galera a ideia é tentar desmistificar o assunto, pois só poderemos ter uma opinião formada e decidir por usar ou não determinado produto conhecendo.

DESMISTIFICANDO HORMÔNIOS
Os hormônios são produzidos pelo próprio organismo, em glândulas ou tecidos especializados, e são derivados de proteínas, lipídios, glicídios, etc. eles regulam o crescimento, funções de vários tecidos, funções do sistema reprodutor, desenvolvimento, metabolismo de forma lenta, porém mantêm-se por mais tempo que os impulsos nervosos.

Propriedades fisiológicas dos hormônios

Nas glândulas endócrinas, os hormônios são produzidos em pequenas quantidades e são secretados na corrente sanguínea. A taxa de secreção varia com a necessidade do organismo. Quando encontram os tecidos-alvos começam as alterações químicas, mas para isso precisam ser reconhecidos pelas proteínas receptoras da membrana da célula ou no citoplasma.
O efeito dos hormônios nos tecidos depende da quantidade do hormônio e a capacidade de resposta do tecido. Eles desencadeiam e iniciam reações bioquímicas e seus efeitos podem permanecer mesmo após os níveis destes hormônios terem diminuído na circulação.

Principais Hormônios Humanos, glândulas produtoras e ações no organismo:

Testosterona
Produzido nos testículos, tem a ação de desenvolver as características sexuais nos homens (maturação de órgãos sexuais e formação da bolsa escrotal). Atuam também na formação de características secundárias masculinas (voz grossa, desenvolvimento de pêlos, barba, músculos, etc.)

Estrógeno
Hormônio feminino produzido pelo ovário. Atua no desenvolvimento de características sexuais secundárias nas mulheres.

Progesterona
Hormônio feminino produzido pelo corpo lúteo. Responsável pela manutenção das células de revestimento do útero e também pela produção de leite.

Hormônio do crescimento (GH)
Produzida pela adenoipófise, tem a função de estimular o crescimento do corpo humano.

Insulina
Produzido pelo pâncreas, este hormônio atua na redução da glicemia (taxa de glicose no sangue). Ele é o responsável pela absorção da glicose pelas células.

Melatonina
Produzido pela glândula pineal, é o responsável pelos ritmos do corpo, regulando, principalmente, o sono.

Noradrenalina
Produzido na medula adrenal, atua na estimulação do sistema nervoso simpático.

Adrenalina
Produzido na medula adrenal, atua na estimulação do sistema nervoso simpático.

Dopamina
Produzida no hipotálamo, esse neurotransmissor atua no sistema nervoso central. É o responsável pelas sensações de motivação e prazer.

Serotonina
Neurotransmissor que atua na comunicação entre os neurônios. Age na regulação do apetite, atividade sexual, sono e ritmo circadiano.

Você sabia ...

- Os animais vertebrados apresentam cerca de 50 hormônios, que são produzidos pelas glândulas do sistema endócrino.
- O primeiro cientista a isolar um hormônio foi o bioquímico japonês Jokichi Takamine. O feito ocorreu no ano de 1901, enquanto ele pesquisava cristais de adrenalina.
- A palavra hormônio tem origem na língua grega e seu significado é "estimulo ou estimular".

Benefícios do GH para o organismo

Os benefícios do GH à saúde também são significativos. “O hormônio participa da manutenção do controle do açúcar no sangue, ajuda a prevenir alterações da função cardíaca e produz uma sensação de bem-estar”, atesta Pedro Saddi, endocrinologista da Universidade Federal de São Paulo (SP). Assim, o GH acaba funcionando como um protetor contra males como a depressão. O hormônio também tem ação reconhecida sobre a libido e a atividade do sistema imunológico, ajudando a mantê-las em alta. De quebra, pode auxiliar na luta contra o colesterol. “Fizemos um estudo experimental no Hospital das Clínicas de São Paulo em que pacientes obesos receberam algumas doses de GH. E os resultados nos mostraram que a substância teve ação efetiva no controle do colesterol”, conta Alfredo Halpern, endocrinologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (SP).

Utilização de hormônios em espécies de peixes pode beneficiar a Aquicultura

O mestrando do curso de Pós-Graduação em Aquicultura da Universidade Nilton Lins, em convênio com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Arlan de Lima Paz, apresentou nesta terça-feira, 14 de janeiro, a palestra “Efeitos do GH (growth hormone) e sua importância na Aquicultura”, abrindo a programação de seminários de 2014 no auditório do LEEM. Pesquisadores, bolsistas e o orientador do projeto, Dr. Adalberto Luis Val, acompanharam a apresentação.

Após enfatizar a importância da Aquicultura, Arlan Paz apresentou as características e ações do hormônio do crescimento em vertebrados, foco principal de seu estudo. “O GH modula parte dos processos que atuam no crescimento e desenvolvimento celular dos organismos. Os efeitos dele afetam não somente o crescimento dos vertebrados, mas características fisiológicas e comportamentais como eficiência na conversão alimentar, apetite, composição corporal, imunidade, além de estar envolvido nos processos de reprodução, osmorregulação e tolerância à hipóxia”, afirmou.

A partir da realização de experimentos e análises em espécies de peixes por outros cientistas, tendo como base o hormônio do crescimento, foi possível comprovar que o GH: (i) estimula o metabolismo celular destes animais; (ii) altera o padrão de resistência à hipóxia em peixes geneticamente modificados (transgênicos); (iii) proporciona maiores gastos osmorregulatórios; e, em caso de aplicação de hormônio bovino, (iv) favorece o crescimento dos peixes de modo mais eficaz.
Fonte: https://adapta.inpa.gov.br/?p=3031

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